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Resenha: A Culpa é das Estrelas

 

Sou assim, afetuosa, mas não extremamente emotiva. Pelo menos não no sentido em que as pessoas estão mais familiarizadas, que é aquele emotivo que lacrimeja ao menor sinal da emoção.

Bem mergulhadas na porção latina que me cabe, minhas emoções são sempre borbulhantes, mas a personalidade não é do tipo que deixa esse caldeirão transbordar. Eu sinto muito – e adoro sentir – só que saboreio esses sentimentos com gosto e de forma egoísta, tudo pra mim. Tenho até certa admiração por quem tem choro fácil, chegando a invejar a capacidade de sucumbir à pressão e simplesmente extravasar com alguma facilidade.

Algumas vezes a abundância de lágrimas pode até me fazer falta, mas não chega a substituir a intensidade dos momentos em que elas realmente surgem com naturalidade.

Por isso posso dizer que aproveitei cada nuance de emoção que A Culpa é das Estrelas me proporcionou.

Não pensem que estou falando nisso pra finalmente dizer que A Culpa é das Estrelas é um romance rasgado, que vai acabar com seu estoque de lenços de papel. Pelo contrário. É surpreendente como um enredo que tinha tudo para percorrer o rio de lágrimas da existência de forma simplista, é conduzido de maneira tão inteligente e honesta, conseguindo nos transportar sem risco de pegar atalhos em clichês, para a realidade crua e complicada de um jovem casal que caminha em companhia do câncer.

E eu não vou contar mais nada da história, que merece que você leia cada linha desse livro que não é dedicado à doença, mas sobre a delícia de cada momento vivo.

Não é drama. Não é fantasioso. É só uma história de amor que se desenrola em um contexto singular e muito real.

Essa é a grande sacada desse livro: é bem provável que hoje mesmo, agora, milhares de histórias como essa estejam acontecendo. Aliás, é muito mais provável que essa história esteja acontecendo do que aquela da princesa que morde uma maçã e… bom, vocês já sabem.

Prepare seu repertório de emoções e esteja disposto a rever alguns conceitos.

Tá, separe uns lencinhos também, vai…

Sinopse: Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar… Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
A Culpa É Das Estrelas
John Green
Editora Intrinseca

Radar

Resenha: Cinquenta Tons de Cinza

 

Quanto divulguei a foto do livro que tinha acabado de comprar foi aquela euforia de amigues da rede, conta Vivi, conta Vivi… Então Vivi vai contar, completamente sem pretensões de crítica literária, o que achou do mais recente blockbuster editorial.

Difícil não ficar nem um pouco curiosa pelo enredo de Cinquenta Tons de Cinza, poxa. Somos mulheres, somos adultas, somos safadas curiosas por natureza e a história promete:

Estudante de literatura conhece jovem bilionário atraente, brilhante e Dominador que só aceita relacionamentos pouco convencionais e inicia essa jovem no enigmático mundo BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo).

Cinquenta Tons de Cinza promete mesmo, pena que não entrega tudo.

Explico minha frustração. Se tivessem me vendido como uma história romanceada e juvenil, perfeito. Eu teria lido e gostado mais se fosse parte da Coleção Vagalume.

O problema é que todas, TODAS, as resenhas que tinha lido até então falavam de Cinquenta Tons como se a história tivesse pungência literária e alto teor erótico. Gente, desculpem, não tem.

Em alguns momentos me arrependi por não ter comprado o texto original, em inglês, porque muitas coisas parecem ter se perdido fácil na tradução . Perdoem, tradutores, minha exigência descomunal, mas expressões como ‘puta merda’ não têm o mesmo calibre erótico de ‘fuck’.

Puta merda não tem calibre erótico nenhum.

Tô com medo de continuar a resenha e contar o livro, mas é um risco que vocês correm, amigas, porque agora me entusiasmei.

A nossa jovem heroína se revela… virgem. Uau! Altas possibilidades disso acontecer, né.  A moça nunca praticou o esporte na vida e quando começa é logo com um bilionário jovem que curte jogos de Dominação, mas que se apaixona por ela e até aceita fazer um sexozinho baunilha (tradicional) para fazê-la feliz.

Não sei se vocês conseguem entender a magnitude do absurdo da situação, mas é que não dá para embarcar na história quando a psiquê dos personagens não combina com suas ações.  Não precisa ser expert no assunto pra saber que quem pratica sexo não-convencional não tem uma chave liga/desliga e simplesmente opta por coisas mais simples quando quer e então tudo bem.

As coisas são um pouco mais complicadas do que nossa querida autora gostaria que acreditássemos. Existem linhas de estudo do comportamento humano voltadas especialmente para isso e perversões sexuais não têm esse nome por acaso.  I can’t get no satisfaction não é apenas o nome de uma música, mas um estado de espírito que atormenta uma pequena parcela da população.

As descrições das cenas de sexo são tão ternas e juvenis que categorizei a obra como uma versão do Império dos Sentidos protagonizada pelos Ursinhos Carinhosos. E quem conhece o enredo de O Império dos Sentidos riu no Facebook quando eu disse isso, já que é completamente incoerente  essa conduta bucólica, com aroma artificial tutti-frutti,  no sujeito que  BDSM hardcore, como descrevem Cristhian Grey, nosso Cinquenta Tons do título.

Não é que o livro seja péssimo e absolutamente não preste. Apenas não passa a credibilidade que nos faria cair de paixão por uma história e embarcar nela a qualquer custo – ou absurdo.

Em alguns momentos, Cinquenta Tons apela para clichês tão gigantescos que é impossível não rir (alto). Quem já leu aqueles deliciosos romances de banca de jornal (Sabrina, Bianca) vai reconhecer todos  ali, desde a forma como ele pressionou seu corpo junto ao dela até ah, como ela o desejou naquele momento. Sim, essas frases estão lá.  Levadas a sério.

Cinquenta Tons de Cinza faz sucesso (e suas sequências também farão) porque é diferente de todos os best sellers recentes, que se voltavam para espionagem ou fantasia. Ele conquistou mulheres ao redor do mundo ao trazer de volta à cena o gênero que fez imenso sucesso nas mãos do mestre do romance safadinho, Sidney Sheldon.

Não é erótico.
Não é soft-porn.
Só é safadinho.

Mas Vivi, esse livro é destaque até na Bienal do Livro de São Paulo e você vem dizer que não é mega bom?

Paciência, meninas. Eles dão destaque pra tudo que venda e tenha potencial de arrecadar cada vez mais dinheiro…

Se você vai ler Cinquenta Tons de Cinza, que seja porque ele é um livro divertido, pra dar muita risada com suas amigas depois, não como um romance imperdível.

CINQUENTA TONS DE CINZA
Autor: JAMES, E. L.
Editora: INTRINSECA

Sinopse: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.

Agora, se a curiosidade pelo gênero foi despertada e você quiser mesmo mergulhar em águas mais profundas, aqui vão algumas sugestões:

– Trópico de Capricórnio. Henry Miller.
– Medo de Voar. Erica Jong.
– Delta de Vênus. Anaïs Nin.

Não digo isso porque as “coisas de antigamente é que eram boas”. Mas é que ainda não foi dessa vez que essas obras ganharam um concorrente à altura, na minha opinião.

Maquiagem

Livro: Maquiagem Como Profissão

 

Quem deu essa dica foi a Cris Pironi – vizinha, beauty artist, autora do Alternativa Beleza e uma querida que infelizmente vejo pouco e com quem converso muito menos do que gostaria, porque além de linda e talentosa, ela é uma das pessoas mais articuladas que conheço.

Conheci a Cris anos atrás (tô ficando vintage nessa história de blogs) e acompanhei sua evolução no ramo da Beleza com admiração. De entusiasta ela se trasformou em profissional gabaritada. Ninguém me contou, eu vi!

Pensem. No universo tão peculiar dos blogs de beleza, como é significativo e importante uma pessoa desenvolver seu interesse, aprimorar habilidades e transformar-se em um profissional de verdade, atuante no mercado e que tem seu trabalho reconhecido. Não é estimulante saber que existem histórias assim, verdadeiras?

Essa pode ser uma história compartilhada por muitas outras pessoas.

Alexandre Krizek, proprietário e diretor do Instituto Krizek, um respeitado centro de estudos de Beleza brasileiro, é autor do livro Maquiagem como Profissão – e mentor profissional da Cris e de muitos outros alunos do Instituto.

Maquiagem como Profissão não é ficção. Pelo contrário, é um material importante para quem deseja transformar a paixão pela maquiagem em seu caminho profissional, falando de tudo que isso envolve – sonho que vai muito além do glamour.

Mercado de atuação, aprimoramento profissional, técnicas e produtos: o livro Maquiagem Como Profissão trata de cada  um desses aspectos para quem procura orientação realista para ingressar na profissão de maquiador e construir fundações sólidas para uma carreira de sucesso e de longo prazo.

Prefácio do livro
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