Roubaram “a vida” de uma amiga minha.
Triste, né? Alguém se sentir tão desimportante que chega ao ponto de, não sabendo definir a própria vida para um simples perfil de internet, simplesmente copiar o de outra pessoa.
Não vejo nem como plágio simples; copiar um Perfil não é um copia & cola comum, é mais solitário e, não sei, meio deprimente.
Tem um filme bem pipocão, Roubando Vidas, onde um cara assume a vida das pessoas que mata; personalidade, profissão e tudo mais, numa tentativa doentia de ser algo diferente do que realmente é.
Mas copiar Perfil de rede social, jura?!
Cada um sabe como quer conduzir a própria vida, mas pelo menos conduza, né?
Boa, ruim ou mais ou menos, todos tem a própria história e possibilidade de desenvolver isso de um maneira única e pessoal – seria muito romântico dizer que essa é a graça da vida?
De cópia em cópia um dia a pessoa acorda e se desespera por não reconhecer nada, tamanha colagem que construiu para si e já não é mais uma questão de viver na mentira, mas no vazio.
Então é torcer pra não ter esquecido de copiar também uma porta de Saída do faz-de-conta, porque pior do que ter que usar muletas é abandonar, por vontade própria, a habilidade de caminhar com as próprias pernas.