posts com a tag ‘ácidos’

beleza

Pele de Inverno – Ácidos

 

E tem período melhor pra se jogar, literalmente, nos ácidos do que no inverno? Não, não tem! rs

Quem tem pele de mista à oleosa normalmente usa algum tipo de ácido durante o ano todo, já que eles são os campeões na hora de deixar a pele mais homogênea, com a superfície suave e – aquilo que todas queremos – com a aparência dos poros reduzida.

O que muda agora é a concentração e/ou a família do ácido. Nos meses mais frios os médicos aproveitam para dar aquele susto na pele, porque fica mais fácil nos proteger da radiação solar, nos mantendo longe da praia e da piscina (exposição direta) e assim tratar a pele sem correr o risco de ganhar manchas.

E mesmo quem não faz esse tipo de tratamento o ano todo aproveita o friozinho para pensar na questão. Assim, vamos aos ácidos!

– Tretinoína ou ácido retinoico (Vit. A), nas concentrações de 0,025%, 0,05% e 0,1%. em formulações com prescrição médica e uso em peelings realizados em consultório.

– Retinol, em concentrações de até 4% e o retinaldeído em concentrações de 0,05% a 1%, encontrados em cosmeceuticos ou dermocosméticos.

– Vitamina C na forma de ácido ascórbico levogiro em concentrações de 5% a 15% encontrada em dermocosméticos ou em concentrações maiores utilizada como peeling (em consultório).

– Alfa-hidroxiácidos como glicólico, lático, cítrico, pirúvico, málico e tartárico. Além de formulações de prescrição médica exclusiva, o ácido glicólico é muito usado em dermocosméticos. Em concentrações mais elevadas é utilizado na realização de peelings seriados (em consultório).

Esses são apenas alguns dos ácidos mais utilizados. Nesse exato momento, em algum lugar, alguém está testando uma nova descoberta ou novo uso de algum ativo já conhecido. É legal manter em mente na hora de pensar em um tratamento para pele que é preciso manter diálogo sempre aberto e honesto com o profissional que escolhemos.

Seja em termos de expectativas com os resultados e também de disponibilidade financeira, só a troca honesta de informações pode trazer resultados satisfatórios. Nem sempre o que é a novidade mais recente no setor é obrigatoriamente o melhor PARA VOCÊ. O melhor pra você é aquilo que sua pele precisa nesse momento e que cabe em sua disponibilidade de investimento.

E uma vez definido o que você vai fazer, a maior dica de todas: faça! Não abandone o tratamento nem sabote sua rotina com desculpas com “ai, estou cansada”; “estou com frio/fome/sono” e “pular um dia só não fará diferença”. Faz diferença, sim. Creme na gaveta não tem efeito comprovado em estudos clínicos.

Sou bem rabugenta com essas questões de disciplina, né? Eu sei… Infelizmente é porque aprendi do pior jeito, desperdiçando muito tempo e dinheiro, até finalmente aceitar que se eu não fizesse minha parte não haveria tratamento milagroso no mundo que me traria resultados satisfatórios. Então, desculpaê se bato tanto na mesma tecla, mas é porque é parte fundamental do processo e não depende de ninguém mais, além de nós mesmas.

O que já usei
Sabe essa lista do começo do post? Toda ela e mais o dobro rs. Por que?
Nossa pele não segue uma cartilha e em cada fase (do ano ou da vida) ela precisa de coisas diferentes. O que deu certo ano passado não é necessariamente o que preciso nesse ano, nesse momento. Por isso, na hora de pensar em ácidos, é gritante o acompanhamento médico.


na imagem: Gel Plus Neostrata; Melora Monoderma C10 e Retinol 0,3 SkinCeuticals

Por exemplo, eu não gostava de ácido retinóico. Simples assim, eu não gostava de ácido retinóico da maneira como ele agia na minha pele. No passado, minhas experiências com seu uso sempre resultaram em vasos vermelhos, mega descamação e irritação. Daí pra eu pegar paura dele foi um pulo.

Chegou minha consulta e a Dra. sentenciou: ácido retinóico. Eu logo disse que não gosto dele. A resposta: “Vivi, mas ele gosta de você!”

Achei bonitinho mas isso não é argumento válido, né? Então ela explicou que minha pele agora era outra, que tinha muito mais resistência e que provavelmente reagiria diferente das outras tentativas. Além disso, aesar de todas as inovações, o ácido retinóico ainda reina absoluto na lista de maiores benefícios com o mesmo produto. Disse ainda que, caso a irritação fosse mesmo exagerada, sempre existe a possibilidade de usar os retinóides, que têm concentrações mais baixas; levam mais tempo para mostrar os mesmos resultados, só que também trazem menos efeitos adversos.

Conclusão: estou usando ácido retinóico em fórmula manipulada novamente! E o melhor, minha pele nem está toda rebelde e cheia de vasos, como das outras vezes. Claro, perto dos olhos e do nariz ela está descamando um pouco, mas admito que boa parte da culpa é minha, que peso a mão na hora de aplicar (na verdade nem é pra aplicar tão perto dos olhos, mas quero ma-tar assados os siringomas , então, já viu, por minha conta e risco aplico sobre as bolinhas e não reclamo, mas abafa o caso rsrs)

Se dependesse só de mim eu hoje não estaria usando o produto, que está produzinho ótimos resultados. Viram como conversar é importante?