Coluna da Chris

Coluna da Chris: Cirurgia não pode ser um brinquedo na mão da Gordofobia

 

Gente gorda sofre preconceito. Desde sempre, desde que se é criança e algumas amiguinhas não te chamam para as festinhas na casa delas. Outras não querem nem ser vistas ao seu lado. Os meninos nunca te chamam para dançar. E tem os corinhos: gorda-baleia-saco-de-areia (outro dia me disseram que tem uma continuação feia para essa musiquinha, mas eu não conheço e prefiro continuar não conhecendo). Continua sofrendo preconceito na adolescência, na vida adulta. Dizem que até na hora da morte, preparadores de corpos e coveiros tem preconceito. Aí eu digo só de ouvir falar, nunca testemunhei.

O fato é que o preconceito contra pessoas gordas – alguns chamam (e eu gosto do nome) de gordofobia – é um dos raros ainda socialmente aceitos, e em muitos casos é até mesmo estimulado.

Há uma crença de que as pessoas só são gordas porque querem, porque são preguiçosas. Porque comem demais, e isso é imperdoável, principalmente por quem se submete a tantos sacrifícios para manter a silhueta esbelta. Mais ou menos como o sujeito que secretamente sente atração fatal por outros homens, mas se obriga a segurar a onda e manter as aparências. Geralmente é insuportável ver alguém fazer com tanta liberdade algo que você mesmo não se permite. “Como tem coragem de ser gordas, essas mulheres? Quem lhes deu esse direito?”

Bom, em muitos casos, elas mesmas se deram esse direito, e é ditatorial questionar isso. Em outros, talvez a maioria, elas nem se deram direito nenhum, elas apenas não conseguem ser de outra forma. Pode isso, Arnaldo? Olha, deve poder, porque não é possível que tantas pessoas permaneceriam infelizes dentro dos seus corpos se fossem capazes, se tivessem a força necessária para mudá-los. Não é questão de desejar, mas sim de conseguir. Mas e a cirurgia? Por que não fazem uma cirurgia? – perguntarão outros, já me perguntaram alguns.

No primeiro texto que escrevi aqui para o blog, eu falei sobre minhas experiências com os anorexígenos, bem sucedidas até a página 6. O clichê de sempre daí para frente e o final previsível. O que não falei naquela ocasião foi a respeito da banda gástrica que mandei instalar no meu estômago, que está aqui comigo até hoje e que se faz notar, vez por outra, através de câimbras na região abdominal ou de episódios de entalamento. Sabe quando você come um ovo inteiro, com casca? Não, melhor. Um ovo feito de metal. Você o engole e ele pára no seu esôfago. Então. Isso acontece comigo de vez em quando. Não com ovos de metal, que nunca comi, mas principalmente com carne.

Lá por 2006 ou 2007, eu resolvi visitar um cirurgião. Ele me deu duas opções: a banda gástrica ajustável e a cirurgia bariátrica chamada de bypass gástrico. A banda gástrica consiste em “enforcar” o seu estômago com um anelzinho feito de silicone. Esse anel pode ser inflado (o que o faz ficar mais apertado) ou desinflado, a critério do médico. Inflar e desinflar é um procedimento simples (deveria ser) feito através de um portal colocado no seu músculo abdominal. Esse portal é que me faz ter câimbras e às vezes dores no músculo abdominal, do lado esquerdo do meu corpo. É como se fosse um funilzinho instalado ali, a parte que seria aberta no funil coberta por uma borracha, por onde deve entrar uma agulha grossa. Essa peça se liga ao anel de silicone que rodeia o estômago por meio de um canudinho comprido. Basta inserir pela sua pele a agulha da seringa cheia de soro na borrachinha do portal e encher a banda. E ela vai estrangular o seu estômago. Quando você come, a comida pára na parte de cima do seu estômago e daí, dizem eles, você tem a sensação de saciedade (só que não). Depois, lentamente, o alimento vai passando pelo anel, e segue seu curso normal.

Tornando curta uma longa história, eu resolvi colocar a banda em vez de fazer o bypass por alguns motivos: primeiro, porque considerava o bypass perigoso. Pessoas morrem fazendo esse tipo de coisa. Depois, porque o bypass tem alguns efeitos colaterais, tipo exigir reposição de vitaminas constantemente (já que você “perde” um belo pedaço do seu intestino e deixa de absorver muitos nutrientes) e para o resto da vida.

Também porque esse mesmo problema de absorção de nutrientes causa queda de cabelo e enfraquecimento de unhas, o que a minha vaidade não permitia. E, finalmente, porque o bypass realmente te impede de comer, o que eu via como uma verdadeira mutilação, umas algemas que eu iria me impor a troco de… de que, mesmo? Para mim, a banda gástrica era a única cirurgia possível, porque eu não admitia a hipótese de me impor tantos limites assim e ainda ficar com um cabelinho ralo e umas unhas quebradiças.

Fui para a banda. Um dia de internação, uma anestesia geral e acordei já mais magra (auto-imagem é tudo). Durante duas semanas, eu só podia consumir líquidos, em quantidades pequenas. Depois entraram as comidas pastosas. Muito creme de qualquer coisa, muito leite desnatado batido com chocolate light, muito sorvete light. Emagreci, é claro, mas nem precisava da banda para isso. É só passar semanas à base de líquidos não alcoólicos, qualquer um emagrece. Estive no consultório do médico para inflar a banda por três vezes. As três vezes falharam e, olha, não é uma sensação legal ter alguém remexendo uma agulha gigantesca (e dourada, devo dizer, o que achava muito chique) dentro da sua barriga. Em todas as três vezes, tive que ir ao hospital, tomar contraste, fazer o procedimento numa mesa de raio-x para que ele conseguisse acertar a entrada do acesso.

Desisti da banda, embora ela ainda esteja aqui comigo. Ela me tornou menos carnívora, é certo, e mais lenta nas refeições, o que só podem ser pontos positivos. Eu nunca mais consegui comer um bom filé, porque não passa. A sensação de entalamento é muito ruim e a única saída possível é ir ao banheiro e tentar vomitar. Não é uma sensação boa, a gente se sente meio bulímica. Por isso, desisti das carnes que não sejam moídas ou processadas. E comer devagar é uma necessidade, mesmo com a banda desinflada. Desisti da banda, mas sei que um dia vou ter que procurar um gastro para ver se está tudo bem, porque esse anel pode causar erosão do meu estômago, uma coisa meio séria, e também porque episódios constantes de entalamento podem distender o meu esôfago.

Eu sei que muita gente acharia um pequeno preço a se pagar pela magreza. A gente sabe que há gente que pagaria qualquer preço pela magreza. Eu é que não sou capaz. Nem de andar para cima e para baixo tentando inflar essa banda só para me engasgar com ela depois, nem de mandar grampear o meu estômago, costurar meu intestino e ter uma incapacidade física real de ingerir o que quero. Isso me enlouqueceria, faria de mim uma pessoa infeliz e que, além de tudo, se sentiria covarde. Eu me sentiria covarde por ceder, por me obrigar, através do sofrimento, a ter um corpo que outros almejam para mim, mas que não me seduz.

Eu não me arrependo de ter colocado a banda, principalmente porque é reversível, e um dia eu vou tirá-la daqui. Por enquanto estamos em paz. Ela não me incomoda muito, eu não a incomodo em nada. Para mim, a maior prova de que fiz algo tolo é a lembrança da cirurgia. Dois anos antes, tive que fazer uma cirurgia complicada para retirar a minha vesícula gangrenada. Apesar da dor e do desconforto, dos cinco dias de internação, lembro que eu me sentia cuidada, protegida. A cirurgia da banda, ao contrário, fez com que eu me sentisse fraca, pobre, deprimida.

Finalmente, e porque é importante ressaltar, eu não sou contra as cirurgias de combate à obesidade. Acho que elas salvam muitas vidas, e há uma quantidade enorme de pessoas que precisam desesperadamente delas. Torço para que consigam realizá-las rapidamente, de verdade. E que se recuperem logo, e fiquem saudáveis e felizes. Por outro lado, submeter meu corpo a uma cirurgia por vaidade, para me enquadrar, foi apenas brincar com coisa séria. E isso eu não quero mais fazer.

beleza

Esmaltes Magnéticos Make B.

 

Verdade seja dita, eu nunca tinha brincado com esmalte magnético antes.

Posto isso, vamos combinar que não é bicho de muitas cabeças. A diferença está na fórmula que contém partículas magnéticas. A aplicação é a mesmíssima de um esmalte comum. A coisa pega é na hora de usar o imã que atrai essas partículas, formando a decoração na superfície da unha.

A embalagem dos esmaltes magnéticos Coleção Black Crystal Make B. (mostrei aqui) traz as seguintes instruções:

“Modo de usar: Agite antes de usar. Aplique 2 camadas com o auxílio do pincel diretamente nas unhas. Logo em seguida, ainda com o esmalte molhado, aproxime o imã da unha com no mínimo 0,5 cm de distância e segure por até 10 segundos, para obter o efeito desejado”

Fácil, né?

Bom, pelo menos parece fácil, mas confesso que apanhei tanto que desisti de tentar usar sozinha. Toda vez, TODA VEZ, eu acabava encostando o imã na unha e borrava tudo.

Acabei levando pro salão e pedindo pra manicure me ajudar, pelo menos pra fotografar pra vocês. O que percebemos lá é que o imã original do Esmalte Make B. não ajuda todos os formato de unha!
Aha! Então a culpa não era só da minha falta de habilidade! Minha unha é alta e curvada, enquanto o imã é achatadinho e largo, quer dizer, o quadrado não encaixava na bolinha mesmo…


Esse resultado foi o melhorzinho que conseguimos. Bonitinho, porém fuén, meia boca, néam.

Aí tivemos a brilhante idéia de usar outros imãs, da marca KIKO, que eles tinham lá no salão e…bingo!

Muito mais fácil!

Como vocês podem ver na foto, os imãs da KIKO são pequenos cartõezinhos e muito mais fáceis de segurar sobre as unhas formando desenhos mais nítidos.

Fica então a dica: pode usar qualquer imã com os esmaltes magnéticos Coleção Black Crystal Make B.. Quanto mais fácil de manipular, mais você vai usar e aproveitar seus esmaltes diferentes, fazendo valer o investimento.

Sobre os esmaltes em si, com desenho ou sem desenho, eles tem ótima aderência sobre as unhas! É até difícil de limpar os cantinhos, uma ótima opção pra quem quer um metálico que dure bastante tempo. Eu ia usar o esmalte Purple Glow, que não é magnético, mas depois acabei optando pelo Silver, porque apaixonei… rsrsrs

PS: beijo especial pro pessoal do Studium A que sempre tem um tempinho pra me ajudar!

beleza

Kit Pré Maquiagem Dailus

 

Oi, meninas!

Sempre gostei muito da Dailus. Aliás, dessas marcas mais baratas que encontramos em farmácias e perfumarias, é a minha preferida.

Gosto de diversos produtos da marca mas os meus favoritos são sem dúvidas os que vêm no Kit Pré Maquiagem. Sempre gosto de usar aquela comparação de que o nosso rosto é como uma tela em branco para um pintor, da mesma for que quanto mais uniforme e sem imperfeições for à tela, melhor será a pintura o mesmo acontece com o nosso rosto, quanto mais bem preparada estiver a pele, mais bonita a make vai ficar, sem falar que a maquiagem vai deslizar com mais facilidade e vai durar muito mais.

O kit contém 3 passos que preparam a pele para receber a maquiagem:

Fluído de Limpeza Facial: fórmula especialmente desenvolvida para limpar sem ressecar, enriquecida com Proteínas do Arroz e ativos concentrados de alta performance que promovem suavidade a pele.

Tônico Facial: fórmula especialmente desenvolvida para limpar resíduos sem ressecar, enriquecida com Proteínas do Arroz e ativos concentrados de alta performance, que promovem tonificação a pele.

Primer facial: sua formulação foi desenvolvida para criar uma película aveludada sobre a pele, enriquecida com polímeros de alta performance (Tecnologia HD)que diminuem a percepção das linhas superficiais e disfarça poros. Auxilia na fixação da maquiagem.

Todos os produtos acima são bons, mas o meu favorito é o Fluído de Limpeza Facial, que limpa muito bem (dá para usa-lo até como demaquilante) e o melhor, sem agredir a pele. Como a minha pele é oleosa e com uma séria tendência a acne, é um tipo de pele muito difícil de cuidar, alguns produtos limpam muito bem mas acabam agredindo a pele, deixando-a muito sensível e outros não tão eficientes aumentam a oleosidade. Então como vocês podem ver é muito difícil achar um produto compatível com a minha pele e esta linha deu conta do recado.

E para ajudar o preço é super justo, R$51,24 na loja virtual da marca, aqui (vale pesquisar, pois sempre existe a possibilidade de encontrar mais em conta em lojas com estoque maior). Comprando o kit ainda vem grátis uma caneta que de um lado é um esfoliante labial e do outro um hidratante. Esse é o único produto do kit que não me agradou muito, pois a minha pele é extremamente oleosa, mas em compensação meus lábios são super secos, então nem o esfoliante nem o hidratante deram conta do recado no meu caso. Se você tem lábios normais pode funcionar e como dizem de graça até injeção na testa né? ; )


comportamento

Notícias

 

Oi, gente!

Nos últimos dias passamos aqui em casa por uma emergência familiar daquelas bem sérias, que nos pegam completamente desprevenidos. A gente nunca está realmente preparado pra coisas muito ruins, graças ao otimismo que mantém a roda girando, né? Um mecanismo de alienação poliânica necessária pro cotidiano, mas que rouba nosso chão em um choque com a realidade.

Na urgência abandonei tudo que estava fazendo (e que parecia inadiável, até parece…), porque esse tipo de chacoalhão coloca as coisas em perspectiva real; como um divino modo automático que pega no tranco, onde o que vale é o momento presente, cada segundo conta, cada pequena atitude é responsável para o único resultado que importa no momento: o positivo.

O perigo maior agora passou, e eu poderia simplesmente continuar a vida na superfície sem nem tocar no assunto por aqui, mas me pareceu que estaria desperdiçando uma grande oportunidade de compartilhar algo que a vida me ofereceu, só porque não é lindo e perfeito. Agora que a angustia deu trégua, quero, sim, falar aqui com vocês.

Nada, absolutamente nada, é mais importante do que a vida de cada pessoa. A minha, a sua, a de quem está do seu lado. Não é sua graduação, não é o que você tem e, principalmente, não são nossos desejos.

Sempre que enfrento alguma situação em que vejo a vida escapar (infelizmente já passei por isso mais vezes do que qualquer pessoa deveria),  esse recado parece mais nítido: não perca tempo desejando. Use sua força, sua inteligência e habilidade sempre no presente, transforme em energia cinética, em ações. Tem um sonho? Ótimo, pratique a dinâmica, encha seus segundos transformando tudo em realidade. Transforme sonhos grandiosos em pequenas realizações cotidianas. Grandes planos e projetos não são nada mais do que material de humor para o destino, caso não nos ocupemos de atos concretos para realizá-los todos os dias, o tempo todo.

Vida é aquilo que acontece enquanto estamos planejando um futuro impecável.

Não é fácil, mas aceite e abrace a imperfeição – humanos que somos. Humildemente valorize o erro como uma tentativa, uma ação contra a inércia. Nada é pior do que não fazer nada. Com a prática da correção contínua, o resultado ótimo virá com mais naturalidade, pode observar.

A vida é um sopro, amigos. Fechem os olhos, façam o pedido e logo em seguida, corram pra realizá-lo. Vamos aproveitar esse privilégio que é estar aqui. Trocar os pneus com o carro andando é uma arte. Não para, não para, não para!

Um beijo!

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