Confesso pra vocês que nos últimos anos desenvolvi um entusiasmo secreto pela cerimônia do Grammy muito, mas muito maior do que pelas outras premiações do período.

Enquanto Oscar, Golden Globe, SAG e todo tipo de Choice Awards são levados extremamente a sério, como ocasiões solenes onde os indicados atravessam o tapete vermelho com toda pompa e majestade; no Grammy a coisa acontece um pouco diferente, provavelmente pelo tempero lúdico e livre que a música agrega.

É um momento de celebração, sem dúvida, mas com brecha para pirar um pouco e deixar a fantasia fluir – o que é a música senão um canal fantástico de expressão?

A cerimônia de entrega aconteceu ontem e, claro, surpresinhas de estilo não faltaram. A começar pelas novas loiras, Adele e Rihanna:

Então, as loiras.

Acho que pelo menos uma vez na vida toda mulher tem aquele insight “e se eu fizesse aquele cabelo da Marilyn?”. Adele teve o insight, fez, foi lá, se consagrou estrela de primeira grandeza e agora vamos esperar que a vontade passe. Logo.

Não que não tenha ficado bom, aparentemente está bem executado, os fios estão brilhantes e o penteado estava perfeito. Só que não rola no longo prazo, gente. Madonna usa, Gwen Stefani usa, Kelly Osbourne usa, Gaga usa (do jeito dela, mas usa) e todas, sem exceção, perdem os ares da juventude e leveza nos traços.

Nota: já Michelle Williams encarna  Marilyn Monroe em todo seu esplendor no cinema, em seu próximo filme, não percam! Mas é aquela história, é Michelle fazendo, literalmente, a Marilyn.

Rihanna fez a Farrah Fawcett (não sabe quem é? joga no Google e conheça a musa platinada) e foi. Ficou um deslumbre porque até sem cabelo algum seria um deslumbre, com aquela pele e olhos e postura e lasers de sensualidade brotando dos olhos. Mas se focar no cabelo a gente sente uma vibração decapagem nível arrasa-quarteirão e quase pode ouvir os fios trincando. Semana que vem ela aparece hidratada, reconstruida e ainda mais linda, nem precisa apostar.

E as surpresas ficaram por aí mesmo.

Katy Perry voltou pro azul:

Sempre que vejo a Katy de cabelo azul penso “Por que, Katy, por que?” e ela responde – na minha mente, lógico – “e por que não?”. Assim o diálogo se encerra, porque acho o argumento dela super válido.

Já Cindy Lauper, essa querida, foi de cabelo mescla; preto & branco:

Porque ela é Cindy Lauper, ponto.