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Moda

Qual a medida do seu sutiã?

 

Quando assisto os programas do Discovery Home & Health, um dos meus maiores sonhos de consumo não tem preço, mas é questão de ocasião: entrar em uma daquelas lojas de lingerie americanas, onde aparentemente todas as vendedoras (pelo menos as que aparecem nos programas, claro) são ninjas na arte de nos ensinar a encontrar o sutiã perfeito.

Não sei se acontece com vocês, mas aparentemente eu sou incapaz de comprar “O” sutiã ideal, aquele que não aperta, sustenta e deixa tudo no lugar, sem parecer uma obra de engenharia.

Pode ser que aqui no Brasil essas vendedoras-ninja até existam e eu que não tive o prazer de encontrar uma, mas até hoje o máximo que consegui foram dicas meio que superficiais, sobre coleções e, no máximo, largura de alça.

Recebi essa tabelinha e vou levá-la na próxima compra. Quem sabe não sai daqui o modelo campeão, né? rs

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A lógica é a seguinte, com uma fita métrica você confere a medida do cós (região imediatamente abaixo dos seios, mostrada como A na imagem) e a medida dos seios (B na imagem). Essas medidas te dirão qual seu tamanho de cós e qual o da “taça”, facilitando a vida – teoricamente! Ainda quero comprovar – na loja.

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Como essa tabelinha foi fornecida pela marca Marcyn, eles fizeram também uma seleção dentro dos modelos de suas coleções e cruzando suas medidas você já sai até com o NOME do sutiã que cairá como uma luva no seu busto. Mas é apenas uma gentileza, um plus, a tabela de tamanhos serve para encontrar o melhor caimento mesmo.

Faz diferença, viu, gente. Um bom sutiã não precisa nem ter artifícios de super bojo ou push up. O modelo bem escolhido valoriza nossa silhueta natural, fácil e simples assim!

Jundiaí

O Novo Moletom

 

Não vou mentir, faz bem uns 15 anos que eu corria de moletons como quem foge da peste. Provavelmente porque minha memória pra essa categoria de vestuário era a que eu trouxe dos tempos de escola, quando moletom era sinônimo de uniforme e, como a essência de um uniforme prevê, proporcionava uma silhueta comum a todos. Essa silhueta era folgada, meio quadradona e sempre larga, muito larga.

O motivo que me afastava dos ‘conjuntos de moletom’ é ironicamente o mesmo que fazia com que muitas pessoas o idolatrassem: ele era, antes de qualquer coisa, prático e confortável, não necessariamente bonito.

Enquanto fui obrigada a usar, usei. Quando o decreto escolar acabou, deixei sua existência pra traz. Sem ressentimentos, tampouco saudade.

Lá em 2012 tive meu primeiro contato com “o novo moletom” e não foi através de revistas especializadas nem nada do gênero. Foi em um blog, o Pop Glam (imperdível, visitem!), que me deparei com o primeiro moletom fofo (fofo lindo, não fofo largo) que conquistou meu coração:

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Acontece que Lenyssa é uma pessoa daquelas pessoas com mãos abençoadas (e bom gosto) pra DIY. Já eu precisei esperar 2 longos anos para encontrar nas araras peças que pelo menos lembrassem a delicadeza e frescor dessa nova maneira de encarar o moletom. O que aconteceu a seguir é que enlouqueci e, aparentemente, nesse inverno vocês me verão apenas usando moletons com fofices, nada mais, porque desde o primeiro vento mais geladinho só tenho olhos pra eles.

Minha nova obsessão é pelo menos bem democrática, encontrei peças pra todo gosto e bolso, inclusive em fast fashion:

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Esses são Hering e Pool ( tem na Riachuelo):12

Esses são Blessed  (o da pantera já anda praticamente sozinho. É daqueles bem quentinhos e normalmente faço combinações preguiçosas com ele e uma calça preta. Esse P&B é outro campeão de uso. Como tem elastano, é mais fresquinho e combinou perfeitamente com a meia estação nas 123456 vezes que já usei):

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Malharia Nacional (meio que virou xodó, porque além de ser off white e sujar super fácil, é o mais delicado pra lavar. Ganhou também o apelido carinhoso de ‘minha roupa de paquita’:

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LON (é o mais fininho, molinho, uma delícia. A manga morcego é o outro charminho dele):

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Como eu uso? Meu jeito preferido é, sempre, com saia. Como nem todo dia dá pra encarar o frio só de saias e meia calça, tive que me render a um jeans azul escuro (difícil encontrar sem lavagem mais clara; achei na Bunny’s) e uma calça tipo montaria, de couro fake, que sobrou do inverno passado.

É isso. Meu uniforme do inverno 2014. Pra quem não gostava de moletom, as coisas mudaram bastante…rs

Em Jundiaí:

Tem Hering no Maxi Shopping e no Jundiaí Shopping – eles lançaram vários modelos com bordadinhos diferentes.
Riachuelo tem no Centro e no Jundiaí Shopping. Se não me engano tem outras marcas, fora a Pool, com moletons diferentes também.
Blessed e Malharia Nacional eu comprei na Gi Amaral (na 9 de Julho).
LON encontrei na Ana Violi, do Jundiaí Shopping.

 

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Tendência é bom pra quem?

 

Minha intenção sempre foi aumentar a “carga” de conteúdo de Moda no blog, só que acabo sempre me deparando com uma questão pessoal: tendências. Tenho um pouco de birra de tendências, apesar de ter consciência de que o público gosta (muito) delas.

Não que eu faça parte do time das rebeldes mais radicais, do tipo que quando o lance vira tendência não quer nem saber; se massificar pega bode! rsrs Não é isso, não. Muito pelo contrário até. Dou muito valor pro que as ruas têm a dizer; para o que as pessoas fazem chegar às vitrines invertendo a ordem de mercado (mesmo que não seja do meu gosto pessoal, acho interessantíssimo enquanto forma de expressão). Não me diga que foi um designer que criou o hype do indefectível boné de aba reta, por exemplo, porque não foi. Isso é a voz que vem da rua e o que ela diz muitas vezes só é entendido por quem está lá.

 

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É que eu gosto demais de Moda. Acho que tem tudo a ver com expressão, com se relacionar com o mundo. Tem gente que trava nas palavras, mas se comunica lindamente através da forma como usa suas roupas. Porque tem mais isso, né? Roupa sem mensagem é só vestuário, não é Moda. Aí chego à questão do início do post: só usar a tendência por ser tendência, também não é apenas jogar uns paninhos sobre o corpo? Usar combinações que ganharam status de must have da estação também não deixa de ser falta de algo mais pessoal a dizer?

A velocidade de acesso às novidades hoje é tanta, a venda de roupa on-line aqui no Brasil e no mundo atingiu possibilidades tão gigantescas que fico intrigada quando percebo que, apesar de todo esse sortimento, a maior parte das pessoas não dispensa a boa e velha tendência ditada.

Não é estranho, gente? Você pode usar o que quiser, da maneira que quiser, mas insiste em conferir o Instagram das It Girls e se certificar de que vai comprar exatamente aquele vestido, para usar com aquela bolsa, combinando com aquele esmalte, que você fez questão de perguntar qual era. Na minha cabeça, quando copiamos um look tal e qual ele nos é apresentado, seja em uma vitrine ou numa fotografia, é como se usássemos no nosso cotidiano diálogos que retiramos de livros. Não somos nós, só partes de personagens que admiramos. E isso é meio triste, não é?

 

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Eu e mais uma parcela considerável da população feminina do planeta fomos encantadas pelo filme O Diabo Veste Prada. Quer saber (além dos figurinos bárbaros) o que me faz amar esse filme? Miranda Priestly, o diabo fashionista em questão, retrata a editora de moda mais conhecida do mundo e é público e notório que ela não se digna a usar nada que não seja devidamente grifado, couture e digno de poucos e bons. Agora, minha amiga, me diga em que momento você viu UM, UM LOGOTIPO DE GRIFE que seja, sendo ostentado por Miranda? Você não vai dizer, porque não há. O Figurino do filme fez questão de que ela usasse apenas peças clássicas e atemporais, justamente para que a verdadeira essência da Moda ficasse registrada: o belo não tem idade, não pode ser datado. Somente o estilo é capaz de transformar qualquer peça em um conjunto equilibrado entre allure e modernidade; isso nada tem a ver com os últimos desfiles ou a it bolsa da temporada. Diz respeito à bom corte, qualidade de confecção e ótimos tecidos. Além de um olho sábio, que consiga harmonizar todos esses elementos em qualquer ocasião.

 

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Moda é inteligente e começa a acontecer no momento em que você está escolhendo aquela blusinha. Moda é uma equação que você aprende e depois executa com números de qualquer espécie; uma frase de boas-vindas que você magicamente sabe pronunciar em qualquer idioma. E as Tendências?

Bom, tendências são como aqueles moletons confortáveis, que você sabe que pode recorrer a qualquer momento sem errar, mas que nunca provocam um meio sorrisinho quando você dá aquela última conferida no espelho, antes de sair. Já a Moda te garante um friozinho na barriga de empolgação. E provavelmente um selfie, só pra registrar a alegria.

P.S.: só pra constar. Usei a imagem das calças estampadas pra exemplificar uma tendência e admito que já tenho uma. Ou duas.

Acessórios

#ChilliBeansPassarela: Amapô e Alexandre Herchcovitch MEN

 

Vamos conferir os modelos que encerraram a participação da Chilli Beans na edição Verão 2015 da SPFW?

Ao som de É O Tchan, a Amapô trouxe o Havaí para o Brasil.

O desfile teve o neoprene e o jeans como tecidos chave para uma coleção divertida, com estamparia tropical e bordados sempre preciosos.

Impossível tirar os olhos dos acessórios da cabeça, que misturavam chapéus, flores, frutas e até uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Claro, tudo isso faz parte do show das referências que imprimiam o espírito havaiano em harmonia com a brasilidade explícita. Os óculos ocuparam explicitamente a função de adereços, enfatizando a presença de nós marítimos que aparece em vários detalhes da coleção.

Alexandre Herchcovitch MEN buscou inspiração nas vestimentas da Nazareth Baptiste Church (religião que mistura Zulu com Cristianismo).

Apostando alto na alfaiataria, a coleção chega com muitas camisas impecáveis e surpreende ao incluir uma seleção de kilts, peça semelhante à saia, que na realidade faz parte da indumentária tradicional inglesa. A influência também aparece no uso de xadrez, ora tradicional, ora mais estilizado.

Os óculos fazem um link passado-futuro, com contornos que lembram os aqueles utilizados pelos pilotos combatentes na 1ª Guerra Mundial, com acabamento em textura 3D, atualíssima.

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