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Dermato

Tratamento Documentado: Minha Pele Muito Antes e Depois

 

E então, preparadas para mais um capítulo da saga Vivi x Pele?

Como vocês já viram as imagens aterrorizantes do período pós Laser, pensei que não se chocariam nadinha com as que vou mostrar agora. Essas fotos fazem parte do meu prontuário dermatológico e mostrá-las aqui tem apenas o intuito de reforçar a idéia com a qual eu martelo a cabeça de vocês post após post: quase tudo tem jeito, amigas.Não é fácil, muitas vezes não é nada barato e exige um comprometimento monstruoso com o seu objetivo, desses que nos torna chatas aos olhos dos outros, mas sem o qual a gente não chega aonde quer.

Por exemplo, eu nem me lembrava quão irritada era minha acne, até rever essas fotos, de 2006:

Minha primeira consulta com a Dra. Valéria. Como vocês podem notar, tem de tudo aí: acne adulta, vazinhos, poros dilatados, rosácea e melasma.

Não estranhem os cantinhos brilhando, viu. É um creminho pra proteger os cantinhos dos ácidos que seriam aplicados em seguida.

Nesse dia iniciei um tratamento com peelings químicos seriados, aplicados no consultório. Foram 2 por mês, por 3 meses, se não me engano. Mais 2 limpezas de pele e 2 peelings de cristal.

Os ácidos eram escolhidos de acordo com a necessidade da pele na ocasião da aplicação. Me lembro dos usuais glicólico, retinóico, ATA e salicílico, fora outros com nomes mais complicados, que foram usados para cauterizar pequenas manchinhas e lesões.

O resultado foi esse:


Melhorou bem, mas deu pra perceber que é um processo lento, né?

Não sofri nada, foi tudo bem tranquilo. Os peelings químicos provocam descamação moderada da pele, que começa três dias depois da aplicação. Aí a gente se transforma numa criatura quase mitológica, que solta pele sobre pele, por mais três dias consecutivos.

Todas essas variáveis são controladas pelo médico. A descamação depende da concentração e do ácido aplicados. Minha dermato sempre me perguntava em que nível eu estava a fim de chegar antes de escolher os ativos da vez. E eu sempre pedia pra ir fundo, lógico, porque eu não estava pra brincadeira. (rs) Conselho: seja honesta em relação a sua disponibilidade de sair descamando mundo à fora. Não adianta nem tentar esconder com maquiagem, fica muito pior.

E mais: nem pense em puxar as pelinhas, elas precisam se desprender sozinhas ou deixam marcas. Relaxe e curta o visual escamozinha.

Bem, como vocês viram, o quadro melhorou, mas restaram marquinhas e manchinhas, além de um queixo que insiste em produzir mais óleo do que a marca Soya sozinha. O tratamento seria prolongado e continuado em casa, paralelamente à limpeza e hidratação que, a essa altura, já era muito mais do que parte da rotina.

Acontece que a vida é cheia de reviravoltas
Foi quando aconteceu uma coisa comigo. Na verdade duas coisas, ruins e consecutivas. O resultado é que, pouco depois dessa foto de resultado obtido com os peelings seriados, eu estava imersa em uma profunda crise de PTSD (Transtorno de Stress Pós Traumático).

Meu tratamento foi todo para o ralo – pelo menos a parte externa – e minha pele ficou demonstrando por fora todo o tormento que eu sentia por dentro.

Fui sequestrada e descobri que teria que fazer uma cirurgia(zinha) no ovário, tudo no mesmo mês. Dá para ter uma idéia da minha aparência, não dá? Obviamente eu não estava mais dando a mínima pra isso a essa altura. 🙁

Quero mostrar parte desse período pra vocês também. Mais como um conforto e um estímulo, porque a gente nunca sabe o momento de quem lê, não é?

Mas quero terminar com uma imagem mais legal, néam!!! Até pra mostrar que tinha uma lâmpada de 60W me esperando no fim do túnel…

A seguir vocês podem conferir imagens atuais, da minha pele UM ANO ANTES do Laser CO2 e de 40 dias DEPOIS:

Post publicado em 20 de setembro de 2010, no Trendy Twins.

Dermato

Diário Pós Laser CO2 – Dias 5 e 6

 

Hoje acho que as imagens vão trazer um pouco de alívio pra quem estava agoniada com toda aquela vermelhança exacerbada. Aliás, adorei a idéia de me abanar com mil leques, mas juro mesmo, é só impressão de que está ardendo em chamas…

Dia 5

dia 6

Much better, néam?
É bem engraçado, gente, porque as mudanças mais radicais acontecem na hora do banho. A mistura de vapor e água deixa que a mágica aconteça e a pele se solta sozinha, em bolinhas minúsculas. Nada a ver com queimadura de sol, quando a pele sai como máscara.

Não vou negar que é bem melhor me ver cor-de-rosa porquinho Babe do que espetinho de queijo coalho rsrs. Acho que não dá pra ver direito porque as imagens são muito contrastantes, mas meu rosto está bem áspero, a descamação está por toda parte ainda e coça tanto, mas tanto, mas taaaanto por dentro da pele que chega a ser um teste de nervos!

Me perguntaram como é para dormir, né?
Bom, eu tenho o péssimo hábito de gostar de dormir com a cara enfiada no travesseiro. Acordo parecendo uma carta náutica, toda riscada. Isso é muito ruim de verdade, faz tempo que tento mudar, já que comprovadamente isso provoca linhas de expressão. Daí que essa foi uma ótima oportunidade de me forçar a dormir mais de lado, porque tive que aumentar um travesseiro, pra diminuir o inchaço (imagine se não tivesse aumentado, minha cara ia flutuar como um balão), assim, a maior parte das vezes, venho conseguido não afundar na cama. Mas não sempre.rsrs.

Agora a sensação maior realmente é nas camadas mais profundas. Já não sinto repuxar nada, só a comichão incessante da pele se regenerando (ufa!) de dentro pra fora. Também sinto as pálpebras finíssimas, dá até medo de machucar, mas ainda estão descamando, depois acredito que ficarão mais resistentes.

Na quarta feira vou falar dos produtos que me acompanharam e dos que me acompanham na nova fase. Sim, eles já mudaram!

Beijokas e obrigada, amorinhas!

Post Publicado em 06 de setembro de 2010, no Trendy Twins.

Dermato

Diário Pós Laser CO2- Dias 3 e 4

 

“Ninguém tem vontade de parecer mais velho – isso é pura vaidade. Mas eu adoro ver amadurecerem minhas emoções.”

Cameron Diaz

Tomei emprestada a declaração de Cameron para começar esse post respondendo a uma das dúvidas mais frequentes de quem me vê expondo aqui minha cara de churrasco:

Por que você quis fazer isso, Vivi?

Toda minha vida pós adolescente foi de busca incansável pelo creme perfeito. A pessoa era louca, tinha problemas? Afinal, por que uma jovem se interessaria tanto por melhorar a pele?

Acontece que minha pele nunca foi jovem, essa é a verdade. Nasci com aquelas bochechinhas de buldogue, que todo mundo olha e diz de “que gracinha”, mas que, na verdade, até deixaram mamy’s um tanto preocupada, porque, né, um bebê tão pequeno e já com aquela cara de brava.

Mas o tempo passou, o buldogue cresceu e o que restou foram apenas dois vincos que partiam do canto interno dos olhos e, na minha opinião de adolescente encanada, eram uma versão injusta de um bigode chinês bem deslocado.

A infância – lembrem-se que isso aconteceu no século passado – foi muito bem aproveitada em divertidas férias na praia e nos parquinhos da vida, sempre esturricando essa pele branco Omo radiante até o ponto pimentão ++. Teve seu preço, que foi bem alto.

Aos 20 anos, quando eu já usava protetor solar loucamente (naquele tempo nem existiam os faciais ainda, imaginem a meleca), já era evidente que alguma coisa estava muito errada em relação a idade real da minha pele. Mas o que estava a meu alcance fazer ($), eu fazia.

Com o decorrer dos anos e o aparecimento dos antiidade, consegui melhorar muito o que a radiação solar, aliada à minha genética tinham danificado parcialmente. E um pouco mais adiante, já formada e ganhando um pouquinho melhor, pude começar a experimentação de todos os tipos possíveis de peelings químicos e mecânicos.

Não reclamo. Aos 30 anos de idade, minha pele estava muito melhor do que aos 15. Mas o incômodo ainda estava lá. Os vincos que entristeciam a fisionomia e, claro, as manchas.

No ano passado, aos 33, mergulhei pela primeira vez na fonte da felicidade cosmética: eliminei os vincos com aplicação de ácido hialurônico. Gente, é o tipo de coisa que recomendo pra toda e qualquer mulher que se sente insegura por conta de marcas de expressão. Você vê o resultado na hora, uma sensação muito boa. Quase chorei (rs). Mas foi o complexo de anos que vi desaparecer em minutos.

Agora tenho 34 e vivenciando esse universo de beleza 24 horas por dia, seria quase irresponsável da minha parte negligenciar o que é de conhecimento comum: depois dos 30, o colágeno começa a despencar, a regeneração da pele fica mais lenta e, vamos falar a verdade, tudo cai, amigas.

Como tenho essa curiosidade latente em relação a todos os lançamentos que se propõem a aumentar a saúde da pele à partir desse momento de declínio, resolvi que eu precisava traçar uma linha divisória bem clara, física mesmo. Como se essa fosse a primeira semana do resto da vida da minha pele (rs, desculpem, filmes demais).

Passando efetivamente uma borracha em todas as agressões do passado, virei a página pra vivenciar esse período sem carga extra. Agora não posso mais culpar papai e mamãe por me deixarem no sol. Não posso culpar ninguém, além de mim, pela saúde da pele com a qual vou envelhecer de verdade.

Envelhecer é natural. Bons profissionais podem confirmar pra vocês, o envelhecimento natural é lento; não é agressivo e também não é sinônimo de doença.

Bora pras fotos?

dia 3

dia 4

O inchaço continua lá, bem forte, mas a pele antiga já dá seus últimos suspiros. Adorooooo!

Post publicado em 03 de setembro de 2010, no Trendy Twins.

Dermato

Diário Pós Laser CO2 – Dia 2

 

Vou começar respondendo algumas perguntas que foram feitas no primeiro post, tá? Assim vocês tem um tempo pra se preparar pra foto…

Preço
Fiz um update no final do primeiro post, mas não custa voltar ao assunto. Laser tem custo alto. Qualquer pessoa que oferecer um tratamento assim com baixo custo está, certamente, errando no cálculo ou oferecendo um similar.

A especialização do profissional requer dedicação de tempo e dinheiro. Os aparelhos, todos importados, são caríssimos, porque pagam inclusive royalties pela tecnologia e a manutenção é pior ainda. Ligar a máquina já é um espanto. Então, nenhum profissional gabaritado e com os aparelhos de ultima geração aperta o “ON” por menos de R$1500.

Depende da área a ser tratada e do tipo de Laser/ponteira necessária. Quando digo que existem muitos, são muuuitos mesmo. Os mais atuais são de ação fracionada e com resfriamento simultâneo da área atingida. Mas isso não impede que as outras máquinas continuem no mercado, por isso pode haver diferença de preços no mesmo tipo de tratamento (com equipamentos diferentes). Desde que o cliente esteja ciente do que será utilizado, problema nenhum. O que não pode é comprar gato por lebre, como citei nos comentários do outro post.

Algumas clínicas de estética e, infelizmente, até dermatologistas, podem vender procedimentos com Luz Intensa Pulsada como se fosse Laser. Daí o desapontamento com o resultado é líquido e certo. Parcelado ou à vista, só entregue seu rico dinheirinho para profissional de sua inteira confiança.

Sensibilidade
Conhece-te a ti mesmo antes de optar por algum tipo de Laser. Em maior ou menor intensidade, todos eles proporcionam uma sensação de tiro. Um tiro meio que ‘choque elétrico’, quente. Não vamos nos esquecer que laser é um feixe de luz, com aplicações científicas, industriais, medicinais e que nas últimas décadas ganhou aval para cosmética. Assim, uma sessão de Laser nunca será um passeio no parque, sempre terá seu desconforto a ser considerado.

Esse desconforto é pessoal e intransferível e assim como na depilação, varia até de um lado para outro do corpo. No meu caso, a região dos olhos foi o ponto alto do desespero. Muitas pessoas relatam uma sensação de queimadura fortíssima assim que a aplicação termina, e que dura cerca de 30 minutos.

Posso dizer que fiquei tão feliz por ter terminado que não senti a tal agonia. Fiquei numa boa com as compressinhas frias; fiz a aplicação da luz infra vermelha que ajuda na cicatrização e fui pra casa toda pimpona. Sentindo um calor senegalesco no rosto, mas dormi bem e sem maiores problemas.

Contando o tempo que fiquei aguardando o analgésico tópico fazer efeito (cerca de uma hora), fiquei duas horas na Clínica. O procedimento em si foi bem rápido, mesmo tendo feito toda a face.

O que estou fazendo
Bom, sair para a rua é desaconselhável e inviável. Primeiro porque o sol está proibidíssimo, assim como o calor extremo. Segundo que pra viver em sociedade a gente precisa considerar os limites do bizarro que podem assombrar outras pessoas e, embora eu esteja super feliz por ter finalmente me livrado da pele antiga, não é todo mundo que vai entender a pessoa passeando por aí com cara de tostex, né? Tadinhas das crianças…

Como trabalho em sistema home office, só diminuí um pouco o ritmo, pra não ficar com o carão no monitor enquanto não posso usar protetor solar (liberado só quando a descamação começar) e também porque o acúmulo de líquidos na região dos olhos é bem chato, principalmente se fico com a cabeça inclinada, pra digitar. Mas dá pra levar tranquilo, é só fazer umas pausas, ficar com dois travesseiros assistindo tevê ou lendo e depois trabalhar mais um pouquinho.

Não dói. Está começando a coçar por baixo da crosta que está se formando, mas não sou nem louca de colocar as unhas pra trabalhar, né. Aliás, encosto o mínimo possível na região, pra evitar contaminação. Tomo banho normalmente (só não pode deixar cair shampoo), limpo a região com água termal e aplico os cremes indicados, além de fazer compressinhas nos olhos com água/chá gelado.

Não entendo porque é tão difícil encontrar imagens de todo o processo na rede! É incrível, só tem antes e depois. Imagino que os médicos tenham medo de assustar as potenciais clientes, mas, pelo menos no meu caso, eu quis saber direitinho como seria o dia-a-dia da recuperação, mas só vi essas imagens no Consultório. Por isso resolvi publicar, achei importante pra quem pensa em fazer algo do gênero saber que isso é só parte do processo e que vai passar.

Continuem mandando as dúvidas e vou respondendo ao longo dos posts. Se o que você perguntou não entrou nesse é porque já está na fila do próximo. 😉

Vamos lá, imagem do dia. Bem mais inchada – principalmente nas laterais da face – mas um pouco menos roxa(rs):

dia 02

Uma coisa que esqueci de dizer: falar é meio chato também. Imaginem como é o repuxamento + inchaço. Dar risada então, mais difícil ainda, parece que as bochechas vão rachar…(rs) Estou guardando a alegria explícita pra depois!

Post publicado em 01 de setembro de 2010, no Trendy Twins.

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