Arquivo da categoria ‘comportamento’

beleza

Desculpe Mas Vou Falar – de novo – ‪#‎StopTheBeautyMadness‬

 

Esse texto escrevi no dia seguinte ao post anterior, na minha página pessoal do Facebook. Quero deixar aqui registrado também, pra mim mesma, pra me lembrar que considerei importante me expressar em relação a isso diante da idiotice que vi se transformar o movimento ‪#‎StopTheBeautyMadness‬.

Acho lamentável ver que a sociedade de um modo geral (e mais doloroso ainda, mulheres) estejam usando a tag para chamar as outras de feias, estragadas, tribufús e coisas do gênero. Não acho engraçado, acho estúpido, apenas.

01

Vamos lá, mais dez centavos meus sobre o assunto ‘publicar foto sem maquiagem’. Em algum momento indeterminado, perdido na tradução, o movimento acabou ganhando o status de “Desafio”. Não é bem por aí, gente. Não tem nada a ver com ‘quero ver se tu tem coragem de aparecer embarangada na internet’.

Percebem o erro? A essência do Manifesto é justamente o contrário disso; é convidar suas amigas a revelar, da forma mais natural do mundo, sua imagem sem artifícios de maquiagem e filtros fotográficos. É dizer que é ok; que todo mundo tem pele desigual, olheiras, rugas, espinhas, marcas. É ok, é normal, é humano.

Assim como também é okay gostar de usar maquiagem no dia a dia, porque pele natural não é uma bandeira de libertação, do mesmo jeito que rosto maquiado não é um decreto de prisão aos padrões de perfeição. Às vezes é só questão de gosto pessoal, e respeito à vontade dos outros é uma coisa que deveríamos aprender cedo na vida, mas nem sempre rola, não é?

Autoestima é um assunto bem sério. Vai muito além de não gostar de usar shorts porque a perna está branca ou ficar no dilema ‘devo ou não usar regata sem sutiã’. Algumas pessoas (um número muito maior do que a maior parte de nós pode imaginar) tem problemas seríssimos com o que veem refletido no espelho. Essas pessoas se envergonham diante daquilo que tem de mais sagrado nessa vida sobre a terra: seu próprio corpo. Partes dele.

São histórias tão tristes como a da garota que me procurou por email, contando que tinha deixado de ir à escola, por vergonha das marcas que a acne lhe causou. Ou da mulher que não usava batom porque não gostava dos risquinhos na sua boca. Sim, porque essa pessoa olha no espelho e não vê um ser humano, ela vê risquinhos gigantes na boca. Vê melasmas de óculos, vê flacidez usando brincos.

Por isso, quando a gente que ama e vive e trabalha e respira maquiagem publica uma imagem sem ela, a intenção não é fazer um cabo de guerra de coragem e ver quem ganha a aposta, mas mandar um recado de humanidade para milhares de mulheres – NO MUNDO – que um dia foram levadas a pensar que perfeição existe e que SÓ ELAS não foram agraciadas com esse presente.

Não meninas, ninguém é perfeito, nem nós, nem vocês, nem as modelos, nem as rycas, ninguém. Perfeição é uma régua que ganha a dimensão que você dá e às vezes a gente erra feio nessa medida.
Maquiagem não é mocinha e nem bandida. Aparecer publicamente sem ela não é um Desafio, é só uma tentativa de demonstrar que, abaixo de camadas de base e corretivo, existe um fator em comum a todas nós, um componente fundamental: uma mulher que merece ser feliz sem paranóia.
#‎StopTheBeautyMadness

beleza

Pare a Loucura pela Beleza #stopthebeautymadness

 

Fiquei muito feliz quando recebi a indicação feita pela Victoria Siqueira, para que eu participasse do movimento #StopTheBeautyMadness. Como muitos de vocês já sabem, participo também do #TerçaSemMake, criado pelas meninas do GWS – Girls With Style, que tem em comum com o manifesto Stop the Beauty Madness o desejo genuíno de despertar em nós, mulheres, um olhar mais humano e bondoso em relação a nossa própria imagem e das pessoas em geral.

10626550_897485780279671_2293776886996666970_n

Dizem que a gente ensina melhor aquilo que mais precisa aprender. No meu caso, é a mais pura verdade. Como tive oportunidade de dizer em outras ocasiões, repito agora; maquiagem e vaidades em geral são, pra mim, uma rota de fuga. Não da realidade em si (dessa ninguém consegue fugir por muito tempo), mas uma pausa pra respirar colorido em um mundo real onde a crueldade tem seu contraste preto no branco bem marcado. No momento em que pinto o rosto, não me sinto mais poderosa ou inabalável. É só uma casquinha, um verniz de diversão, praticamente a mesma coisa que eu sentia ao fazer duas maria-chiquinhas na infância.

 

Acho fantástico como um pingo de corretivo e um rímel podem fazer sorrir instantaneamente mulheres que nunca tinham se visto “bonitas” no espelho. Um nadinha, sabe, e a pessoa se admira, feliz. Que mal há nisso?

 

O mal está nos outros. Passei da fase de culpar só a mídia. O que veio primeiro, o padrão de perfeição inalcansável exibido ou o julgamento ‘inocente’ daqueles que dizem que a Fulana se chama Raimunda (a feia de cara e boa de… vocês sabem). Feia comparada a quem? Bonita baseada em quê?

 

Todas as tentativas publicitárias que vi, que tentaram usar imagens mais realistas, foram criticadas pela ‘falta de cuidado’. Você pode fazer uma campanha assim, da mulher real, desde que deixe EXPLÍCITO, que aquela é uma campanha feita com mulheres reais, com uma bandeira bem à vista. Experimente pegar uma mulher real e colocar em uma campanha tradicional. O cliente até pode aprovar, mas e o público? Pessoalmente já ouvi críticas sobre a falta de cuidado de uma marca de maquiagem deixar evidentes os poros das modelos. Onde já se viu, não é mesmo um absurdo, uma mulher COM POROS anunciando maquiagem?!

 

Não serei hipócrita: odeio sim minhas olheiras, detesto as marcas de expressão, sou a eterna caçadora do colágeno perdido, o que isso diz sobre mim? Pouca coisa, só que uso corretivo sempre e uns cremes aí. Que me submeto a procedimentos estéticos pra conseguir uma pele boa. Porque eu quero ter. Eu também queria ter 1,75 de altura, mas não há nada que eu possa fazer a esse respeito. Em relação a uma pele melhor eu posso tomar algumas atitudes, é isso que eu faço.

 

Eu amo maquiagem, mas é bem provável que se você me encontrar no shopping, num final de semana preguiçoso, eu esteja só com um rímel e um coque podrinho. Porque sim, porque não é todo dia que quero brincar.

 

Tenho fotos muito desfavoráveis espelhadas por esse mundo do Google. Fazer o quê, os dias – assim como os ângulos – são uns melhores que outros. Não muda na-da na minha vida e absolutamente tudo, o bom e o ruim, passa.

 

Só a mania do julgamento é que demora a passar. Faz pouquíssimo tempo que compartilhei aqui a indignação de uma pessoa que viu na fan page uma foto minha sem maquiagem. Em minha defesa:
a) eu estava de batom.
b) eu estava mostrando o corte de cabelo.
c) ela não me conhece, senão saberia que eu não me preocupo com minha “imagem de blogueira”, coisa que na minha cabeça não existe.

 

A mulher real incomoda muito mais às outras pessoas reais do que qualquer über diva. É como se, mostrando nossa imagem ‘imperfeita’, estivéssemos roubando delas o sonho do glamour alcançado, as princesas Disney, o poder.

 

Amigas, maquiagem é muito legal, mas sai (tem que sair mesmo aliás, senão te deixa com a pele ruim a longo prazo, olha a ironia). Muito mais legal e duradouro é cultivar uma postura mais compreensiva em relação a outras pessoas. Guardar a lupa, as pedras e amaciar a língua.

 

Não é fácil, quando percebo também estou julgando, mas hoje em dia me policio muito mais. Eu nunca vou ser gentil comigo mesma se estiver sempre pronta pra despejar veneno a meu redor.

 

Estou arduamente tentando me aceitar. Se um dia o mundo for capaz de me aceitar também, o lucro é pra todo mundo.

 

E pra continuar o desafio, vou convidar três feras da maquiagem internética: Bruna Tavares; Karen Bachini e Rënatha Däewiez Davies. Mas, de boa, não esperem convite, não! Bora lá participar a vontade 🙂

 

Para saber mais sobre o manifesto, acesse Stop The Beauty Madness.

Para acompanhar as participações, procure pela hastag #StopTheBeautyMadness nas mídias sociais.

comportamento

Tendência é bom pra quem?

 

Minha intenção sempre foi aumentar a “carga” de conteúdo de Moda no blog, só que acabo sempre me deparando com uma questão pessoal: tendências. Tenho um pouco de birra de tendências, apesar de ter consciência de que o público gosta (muito) delas.

Não que eu faça parte do time das rebeldes mais radicais, do tipo que quando o lance vira tendência não quer nem saber; se massificar pega bode! rsrs Não é isso, não. Muito pelo contrário até. Dou muito valor pro que as ruas têm a dizer; para o que as pessoas fazem chegar às vitrines invertendo a ordem de mercado (mesmo que não seja do meu gosto pessoal, acho interessantíssimo enquanto forma de expressão). Não me diga que foi um designer que criou o hype do indefectível boné de aba reta, por exemplo, porque não foi. Isso é a voz que vem da rua e o que ela diz muitas vezes só é entendido por quem está lá.

 

05

 

É que eu gosto demais de Moda. Acho que tem tudo a ver com expressão, com se relacionar com o mundo. Tem gente que trava nas palavras, mas se comunica lindamente através da forma como usa suas roupas. Porque tem mais isso, né? Roupa sem mensagem é só vestuário, não é Moda. Aí chego à questão do início do post: só usar a tendência por ser tendência, também não é apenas jogar uns paninhos sobre o corpo? Usar combinações que ganharam status de must have da estação também não deixa de ser falta de algo mais pessoal a dizer?

A velocidade de acesso às novidades hoje é tanta, a venda de roupa on-line aqui no Brasil e no mundo atingiu possibilidades tão gigantescas que fico intrigada quando percebo que, apesar de todo esse sortimento, a maior parte das pessoas não dispensa a boa e velha tendência ditada.

Não é estranho, gente? Você pode usar o que quiser, da maneira que quiser, mas insiste em conferir o Instagram das It Girls e se certificar de que vai comprar exatamente aquele vestido, para usar com aquela bolsa, combinando com aquele esmalte, que você fez questão de perguntar qual era. Na minha cabeça, quando copiamos um look tal e qual ele nos é apresentado, seja em uma vitrine ou numa fotografia, é como se usássemos no nosso cotidiano diálogos que retiramos de livros. Não somos nós, só partes de personagens que admiramos. E isso é meio triste, não é?

 

01

 

Eu e mais uma parcela considerável da população feminina do planeta fomos encantadas pelo filme O Diabo Veste Prada. Quer saber (além dos figurinos bárbaros) o que me faz amar esse filme? Miranda Priestly, o diabo fashionista em questão, retrata a editora de moda mais conhecida do mundo e é público e notório que ela não se digna a usar nada que não seja devidamente grifado, couture e digno de poucos e bons. Agora, minha amiga, me diga em que momento você viu UM, UM LOGOTIPO DE GRIFE que seja, sendo ostentado por Miranda? Você não vai dizer, porque não há. O Figurino do filme fez questão de que ela usasse apenas peças clássicas e atemporais, justamente para que a verdadeira essência da Moda ficasse registrada: o belo não tem idade, não pode ser datado. Somente o estilo é capaz de transformar qualquer peça em um conjunto equilibrado entre allure e modernidade; isso nada tem a ver com os últimos desfiles ou a it bolsa da temporada. Diz respeito à bom corte, qualidade de confecção e ótimos tecidos. Além de um olho sábio, que consiga harmonizar todos esses elementos em qualquer ocasião.

 

02

 

Moda é inteligente e começa a acontecer no momento em que você está escolhendo aquela blusinha. Moda é uma equação que você aprende e depois executa com números de qualquer espécie; uma frase de boas-vindas que você magicamente sabe pronunciar em qualquer idioma. E as Tendências?

Bom, tendências são como aqueles moletons confortáveis, que você sabe que pode recorrer a qualquer momento sem errar, mas que nunca provocam um meio sorrisinho quando você dá aquela última conferida no espelho, antes de sair. Já a Moda te garante um friozinho na barriga de empolgação. E provavelmente um selfie, só pra registrar a alegria.

P.S.: só pra constar. Usei a imagem das calças estampadas pra exemplificar uma tendência e admito que já tenho uma. Ou duas.

comportamento

Falando Sério #copadasmeninas

 

Sério e tenso o assunto de hoje e por isso mesmo não pode mais ser deixado de lado. Se a gente quer uma vida só com notícias boas, precisamos fazer nossa parte na construção desse mundo melhor. E isso inclui falar de assuntos pesados, como exploração sexual infantil.

Infelizmente o Brasil tem grande destaque no roteiro de um tipo de turismo que não é de causar orgulho a ninguém, o Turismo Sexual. Ele é uma realidade inegável, que pode ser observada em plena luz do dia em qualquer calçadão de nossos inúmeros cenários paradisíacos, que atraem verdadeiras hordas de turistas estrangeiros em busca de sexo com menores de idade.

1516707_1423812664538464_645130341_n

Com o início da Copa do Mundo se aproximando, precisamos espalhar uma mensagem muito importante: exploração sexual é crime e nós, brasileiros, estaremos atentos à ela! Junto com amantes de futebol do mundo todo, chegarão também muitas pessoas mal intencionadas que buscam apenas tirar proveito da vulnerabilidade de nossos problemas sociais e de segurança, para ter fácil acesso à adolescentes e mesmo crianças.

Caso presencie atitudes suspeitas nesse sentido, denuncie. A exploração sexual é crime não só para quem aborda o menor, mas também para quem é conivente e facilitador. E nós sabemos que a indiferença é facilitadora de muitas injustiças. Não desvie o olhar, você pode e deve mudar essa condição de impunidade que tanto atrai os predadores sexuais para nosso país.

A Plan International é uma organização não governamental de origem inglesa, ativa há 76 anos e presente em 69 países. No Brasil desde 1997, a Plan possui, hoje, mais de 20 projetos que atendem, aproximadamente, 75 mil crianças e adolescentes. Sem qualquer vinculação política ou religiosa e sem fins lucrativos, está voltada para a defesa dos direitos da infância, conforme expressos na Convenção dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas. Partiu dela a iniciativa da campanha #copadasmeninas, com o objetivo conscientizar toda a população e os turistas sobre o aumento da exposição e vulnerabilidade de crianças e adolescentes a situações de violência, e provocar ações de denúncia através do Disque 100, que é principal canal de comunicação da Ouvidoria sobre Direitos Humanos – serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.

02

Você pode ter muito mais informações no site oficial da campanha e inclusive conhecer os programas e projetos desenvolvidos (e sustentados através de doações) para capacitar crianças e adolescentes em suas comunidades, para que adquiram competências e habilidades que os ajude a transformar a sua realidade.

Além disso, pode contribuir divulgando a causa, repudiando a exploração sexual utilizando a tag #copadasmeninas em suas mídias sociais. Ao final da campanha, as fotos serão reunidas e transformadas em um vídeo colaborativo da Plan, que será criado ao final do Mundial de Futebol.

Site Oficial
Facebook
Pinterest
Instagram

Página 1 de 1012345...10...Última »