Autoestima: qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
Tenho falado bastante de autoestima em relação à aparência física. Falo sobre isso porque essa é uma luta pessoal, diária e cheia de altos e baixos. Aceitar o meu corpo, a minha aparência, a forma que as outras pessoas me vêem, tendo consciência de que nem sempre será de forma positiva. Essa luta foi muito importante para que eu começasse o meu processo de valorização de quem sou. Chega uma hora que ou a gente se entrega ou reage. Eu escolhi reagir, e a primeira frase que eu usei nessa reação foi “eu sou uma pessoa”.
Só que, claro, a autoestima não tem a ver apenas com a maneira como a gente se parece, com o corpo dentro de padrões ou fora de possibilidades. Não adianta nada ter um corpinho com tudo em cima, nas medidas desejadas, e não ser capaz de se avaliar positivamente como mulher, pessoa, profissional, parceira amorosa, mãe, filha, passageira de ônibus, etc… e no etc cabe tudo que se possa imaginar.
Quando falo sobre o corpo – o meu e o dos outros – o assunto parece relativamente simples, porque a gente trata do que pode ver, mensurar, e a ideia é não rejeitar nenhum corpo, qualquer que seja sua aparência e medida. Você pode ser feliz com o seu corpo! Simples, né? Nem sempre é simples de aplicar, mas não é difícil de entender, de aceitar que isso possa ser assim.
Além disso, hoje em dia existe um grande movimento – pode chamar de reação – para que as pessoas, as mulheres em especial, digam um NÃO bem redondo às imposições sociais e às empresas que usem como estratégia de marketing a verdadeira destruição da autoimagem de alguém para em seguida oferecer a solução milagrosa. É um assunto que está em alta, é um assunto sobre o qual a gente lê e ouve quase todo dia.
O que eu gostaria de tentar, nas próximas semanas, mas que só vou conseguir se tiver a ajuda de vocês, é abordar outros aspectos da autoestima. Não é uma abordagem profissional: não sou psicóloga. Mas é o lado da mulher comum, que no consultório do médico abre uma revista feminina disponível e lê uma matéria como sobre se tornar atraente para o seu namorado. Ou sobre como conseguir um namorado, ou convencer o seu marido a respeitar a sua compulsão por compras. Ou sobre o fato de que inúmeras mulheres acreditam piamente que só terão valor social se forem casadas.
Estes temas todos também dizem respeito a mim, e a quase todas as mulheres que eu conheço. Pode ser – quem sabe – um novo passo nesse mundo fascinante da autovalorização.
E então, aceitam começar uma nova aventura?
Oi Chris,
Já estou na expectativa.Adoro suas colunas e tenho batalhado comigo mesma pra me enxergar,me cuidar e me deixar ser,o melhor que conseguir e da maneira mais adequada e melhor pra mim,como gente.Bjs
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Se existisse uma “garantia de felicidade” para que casa, tem 02 filhos (porque 01 não basta), emagrece, é peituda, etc, é claro que não teríamos que lutar tanto para ter alta auto estima..bastava seguir o roteiro, e casar, ter filhos, por silicone, tomar inibidores de apetite e emagrecer..mas não é assim, não há garantia de que se chegarmos lá, tudo estará resolvido..então a reflexão tem que ser diária: o que tenho, o que sou, é isso aí…é o que tem pra hoje..e sim, é possível ser feliz, basta se convencer disso..
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