Vocês que já conhecem o Pop Topic sabem que nem sempre que há evento de lançamento de produto rola um post especificamente sobre o evento em si. Muitas vezes não vou e, mesmo quando compareço, acabo dando ênfase ao produto lançado – que na verdade é o que mais interessa a todos.
Outro dia me perguntaram como eu decidia quando deveria mostrar a apresentação do produto ou apenas o produto e eu nem titubeio em responder: o produto é sempre mais importante do que ‘a festa’, porque ele pode ser foco de interesse de muita gente, atender às expectativas de mais pessoas, enquanto a festa geralmente é muito legal, mas só pra quem está presente, né? Com algumas exceções – foi o que eu disse.
Essas exceções acontecem quando o evento tem uma experência diferente, capaz de acrescentar mais informações do que um simples release faria. Aí, sim, vale a pena dividir como foi esse passeio mais detalhadamente, porque fica mais fácil e gostoso conhecer um pouco mais sobre o produto.
Recentemente a Dani Zaccai foi representar o Poppy no lançamento marroquino da Pernambucanas (neste post) e nessa semana foram dois os correspondentes especiais, no lançamento da Coleção Tenho Que Ter… by Reinaldo Lourenço, para Risqué.
Assim, Liss Silva do Coisitas de Luxo e Mavin Wonder (que é louco por esmaltes) do Loucas Por Cosméticos aceitaram meu convite e foram conferir a experiência que Risqué tinha preparado e contam tudo pra vocês, agora.
Oi pessoas, como estão?
Não, eu não me enganei de blog, haha! É que dona Vivi não pode comparecer ao evento e por isso me passou o convite dela (que trabalho árduo esse meu, não?).
Vamos ao que interessa. Risqué apresentou nessa última terça-feira sua coleção de outono/inverno 2012 “Risqué Tenho Que Ter…“, em parceria com Reinaldo Lourenço.
Além de conferirmos as novidades, pudemos também conhecer melhor o processo de criação e fabricação dos esmaltes, desde a parte criativa, escolha das cores, até a parte industrial.
Para isso, 2 lounges foram montados para representar todo esse processo.
No primeiro havia um ateliê, representando a parte inicial da criação, em que o estilista escolhe os tecidos de que mais gosta e envia para a Risqué, que reproduz as cores em forma de esmaltes. Depois, a equipe se reúne e escolhe os nomes; das cores e da coleção.
No caso desta coleção, a inspiração veio da reação das pessoas ao verem as cores ainda sem nome definido (no SPFW) e o desejo imediato de usá-las.
Já no segundo lounge, um mini laboratório foi montado para demonstrar a fabricação dos esmaltes. Conferimos então como é feita a manipulação dos pigmentos e outros componentes, além do envase dos esmaltes.
Por fim, outras 3 estações interativas, com exposição dos esmaltes, esmaltação e buffet e, entre eles, um espaço com um jogo de letras e sílabas, onde tínhamos que adivinhar os nomes das cores. Super divertido.
Agora passando a peteca para a Liss:
Muita pesquisa depois, surgem as referências criativas inspiradoras de Reinaldo Lourenço que, para essa coleção, pensou em matas fechadas, sombras e cores naturais. Por isso o inverno Risqué tem destaque especial para os tons terrosos com leve cintilância.
As cores que já são nossas conhecidas, como azul, verde e lilás, mas foram remodeladas, acrescidas de uma inovação a fórmula que traz esmaltes ultracremosos com cintilância e sem aquele aspecto brilhoso. Com um toque de charme discreto, têm efeito como que sombreado. Resultado disso são cores mais fechadas e com cara de inverno, fugindo da cartela mais vibrante das últimas temporadas.
Os nomes são os mais criativos:
Verde Diferente – com brilhos e reflexos dourados sem ser chamativo;
Cinza Incerto – que de longe lembra um marrom claro;
Vermelho Fundamental – que parece um goiaba ou vermelho mais fechado;
Novo Azul – com toque de brilho, mas que na sombra parece um preto, no Sol é um azul radiante.
Marrom que faltava – tom terroso mais vibrante da estação, tem reflexos de brilho e é ultra cremoso, cobertura excelente.
Violeta Chic – o nome diz tudo, um violeta chiquérrimo que vai arrasar no inverno.
Infos do release e preço sugerido neste link, no post onde demos uma primeira espiadinha na coleção.
Pra concluir queria falar só mais uma coisinha.
Quantas e quantas vezes vemos um lançamento (de qualquer produto: roupa, perfume, esmalte, o que for) e as informações oficiais dizem que o desenvolvimento foi baseado na inspiração tal, nos elementos X, Y e Z, no período Barroco e nas cavernas submersas de Atlântida (igual nome de samba enredo, já viram?). A gente olha e só consegue pensar “ tá, mas já vi tudo isso antes…”
Meu pai dizia assim: só se for na cabeça de Fulano. Querendo dizer que só a pessoa que fez enxerga aquilo, porque aos olhos dos outros é mais da mesma coisa.
Hoje acho que do alto de sua eterna rabugice (que herdei), ele tinha toda razão.
A gente olha e vê mais um esmalte verde. Vai conferir a informação e o criador fez aquele verde especificamente pensando nas florestas tropicais, em matas fechadas e na árvore da vida. Eu olho e vejo um esmalte azul. Ele olha e vê o reflexo do pingo de chuva numa folha seca.
Essa acaba sendo a graça, o temperinho novo da chamada reinvenção das coisas – posto que tudo já existe. Porque quando a gente olha pra pedra e só enxerga pedra mesmo, é chaaatooo…
Muito obrigada aos queridos Marvin e Liss!
fotos:
@marvinwonder
@coisitasdeluxo
Gentes, eu conheço esse “Vermelho Fundamental” Goiaba… vocês se lembram como ele se chamava antes ou de que coleção foi???
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Amei o post. E valeu pelo convite, Vivi!
*-*
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