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Sephora chegou, e agora?

 

Se você estava sobre a superfície da Terra na semana passada já sabe (e sabe, e sabe, e sabe) da notícia: foi inaugurada a primeira loja física da gigante dos cosméticos, Sephora, no Brasil. Em mini férias fora daqui, acompanhei o buzz em torno da ocasião pelas notícias e conversando com as amigues, inclusive as que compareceram a algum dos eventos de abertura.

Bem, estamos aqui, eu e vocês, nesse universo de apaixonadas por cosméticos. Não há como ficar indiferente à chegada da Sephora. Confesso que fiquei espantada com o alvoroço no dia 13. Entusiasmo pela possibilidade de comprar muitas marcas top, claro que a gente tem, é inevitável. Mas fila? Vamos deixar o episódio “liquidação de magazine” (sim, li a expressão em um jornal) de lado e nos concentrar na parte prática: o que muda agora, pra nós, consumidoras?

Mais marcas
Urban Decay; Nars, Make Up For Ever, Bare Minerals, Kat Von D, O.P.I by Sephora, Fresh, Stila e Sephora Collection somaram-se à Benefit Cosmetics e MAC que já estavam por aqui, aumentando a gama de opções de produtos consagrados no exterior (alguns até mesmo idolatrados pelas brasileiras) e objeto de desejo que até então só podia ser saciado em compras internacionais. As prateleiras dividem ainda espaço com marcas nacionais, lado a lado com fortes representantes do seguimento Luxo, como Lancôme, Guerlain, Givenchy e Dior, entre muitas outras.

Playground
Paraíso, oásis, disneylândia dos cosméticos. Apelidos não faltam para as lojas Sephora, isso graças a seu grande diferencial, que é justamente a possibilidade de manipular e experimentar de verdade os produtos, sem precisar do acompanhamento de um consultor/vendedor. E vamos combinar, isso é muito legal mesmo, não é? Coisa mais chata do mundo é a gente querer “brincar” sossegada com os produtinhos e alguém, por mais prestativo que seja, ficar de sentinela, do lado.

Do mesmo modo, a assessoria da loja afirma que experts de cada categoria estarão prontamente disponíveis caso a consumidora deseje informações sobre produtos.

O espaço denominado Beauty Studio fica disponível para quem quiser experimentar um look feito por um profissional. Não há custo (digratis) e não é preciso agendamento para era serviço. Como acontece em outras redes de cosméticos, também haverá aulas privadas e pré-agendadas, com o valor (R$200) revertido em produtos.

Quer pagar quanto?
É nesse contexto que a cena perde a aura de magia. Os produtos chegam à Sephora no Brasil com valores muitas vezes triplicados aos praticados no exterior. Alguém duvidava que isso fosse acontecer?

Sabemos que a política tributária brasileira é uma das mais enlouquecidas do universo, mas mesmo o contabilista mais amistoso vai concordar que a conta não fecha. Entre câmbio + impostos ainda é possível perceber um abismo entre os preços locais e os praticados em dólar, na mesma rede.

Em entrevistas à várias publicações de mídia tradicional, a justificativa oficial para os valores são a) impostos e b) target (público alvo). A rede tem por objetivo manter suas lojas no nicho Premium (que no Brasil é dedicado a produtos de Luxo e Alto Luxo).

Há, na minha opinião, uma questão importante aí. Grande Público é uma coisa; Premium é outra e Luxo é ooooutra. Não dá para juntar todas as categorias, multiplicar por 3 e torcer para que o consumidor não se importe em dividir em 10x no cartão, sem sentir remorso por SABER que está super valorizando um produto, em comparação ao resto do mundo.

Calma! Nem tudo é tragédia em relação aos preços. Há opções mais acessíveis, como os produtos da marca própria, Sephora Collection; os nacionais, que devem seguir a margem do mercado e as miniaturas, outro diferencial legal para quem quer experimentar antes de fazer um investimento mais alto.

E agora?
É isso, mô bem! Brasil entrou definitivamente para o mapa do consumo. A chegada da Sephora é, no nicho de Beleza, um exemplo do que está acontecendo em todos os setores da nossa Economia. Hoje podemos escolher o que comprar e como queremos pagar.

Como consumidoras, cabe a nós aproveitar o melhor da festa que o capitalismo selvagem nos oferece: a livre concorrência. Conhecer produtos, comparar preços e experiências oferecidas, enfim, desfrutar apenas o melhor que esse mercado borbulhante tem para nos oferecer.

Com calma, inteligência e, claro, glamour, porque nós merecemos.

Sephora – Shopping JK, São Paulo – SP www.sephora.com.br imagens: divulgação e ameliequeen.com (vejam o post completo da Jessica, com muitas fotos, aqui)

5 comentários

  1. Marcella disse:

    Eles podem cobrar o quanto quiserem,o povo compra e acha bacana ser explorado.

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  2. Vanessa Souza disse:

    Uma parte da fila se deve ao vale compras de R$ 100,00 pras 100 primeiras pessoas! e o restante da fila foi a turma que foi conhecer!
    Eu estou esperando passar esse alvoroço de inauguração para poder conhecer a loja , ir com calma durante a semana.
    Com relação aos preços , como sempre nós consumidoras é quem pagamos o pato , seja qual for a razão que eles digam….

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  3. Arleti disse:

    E para completar, algumas lojas online (tipo feelunique – que tem frete gratis) não está enviando algumas marcas para o Brasil (tipo Lancome, etc…), está ficando dificil. O que vcs acham disso ?

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  4. Flavia Mello disse:

    Eu nem cogito comprar na Sephora aqui, mas dá pra tirar uma coisa boa. Experimentamos o que quisermos, anotamos nome e cor do produto e compramos lá fora ou encomendamos para aquele parente que vai viajar! Já vale alguma coisa…

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  5. Arleti disse:

    O que mais tem de legal neste novo shopping ?

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