Dermato

Diário Pós Laser CO2- Dias 3 e 4

 

“Ninguém tem vontade de parecer mais velho – isso é pura vaidade. Mas eu adoro ver amadurecerem minhas emoções.”

Cameron Diaz

Tomei emprestada a declaração de Cameron para começar esse post respondendo a uma das dúvidas mais frequentes de quem me vê expondo aqui minha cara de churrasco:

Por que você quis fazer isso, Vivi?

Toda minha vida pós adolescente foi de busca incansável pelo creme perfeito. A pessoa era louca, tinha problemas? Afinal, por que uma jovem se interessaria tanto por melhorar a pele?

Acontece que minha pele nunca foi jovem, essa é a verdade. Nasci com aquelas bochechinhas de buldogue, que todo mundo olha e diz de “que gracinha”, mas que, na verdade, até deixaram mamy’s um tanto preocupada, porque, né, um bebê tão pequeno e já com aquela cara de brava.

Mas o tempo passou, o buldogue cresceu e o que restou foram apenas dois vincos que partiam do canto interno dos olhos e, na minha opinião de adolescente encanada, eram uma versão injusta de um bigode chinês bem deslocado.

A infância – lembrem-se que isso aconteceu no século passado – foi muito bem aproveitada em divertidas férias na praia e nos parquinhos da vida, sempre esturricando essa pele branco Omo radiante até o ponto pimentão ++. Teve seu preço, que foi bem alto.

Aos 20 anos, quando eu já usava protetor solar loucamente (naquele tempo nem existiam os faciais ainda, imaginem a meleca), já era evidente que alguma coisa estava muito errada em relação a idade real da minha pele. Mas o que estava a meu alcance fazer ($), eu fazia.

Com o decorrer dos anos e o aparecimento dos antiidade, consegui melhorar muito o que a radiação solar, aliada à minha genética tinham danificado parcialmente. E um pouco mais adiante, já formada e ganhando um pouquinho melhor, pude começar a experimentação de todos os tipos possíveis de peelings químicos e mecânicos.

Não reclamo. Aos 30 anos de idade, minha pele estava muito melhor do que aos 15. Mas o incômodo ainda estava lá. Os vincos que entristeciam a fisionomia e, claro, as manchas.

No ano passado, aos 33, mergulhei pela primeira vez na fonte da felicidade cosmética: eliminei os vincos com aplicação de ácido hialurônico. Gente, é o tipo de coisa que recomendo pra toda e qualquer mulher que se sente insegura por conta de marcas de expressão. Você vê o resultado na hora, uma sensação muito boa. Quase chorei (rs). Mas foi o complexo de anos que vi desaparecer em minutos.

Agora tenho 34 e vivenciando esse universo de beleza 24 horas por dia, seria quase irresponsável da minha parte negligenciar o que é de conhecimento comum: depois dos 30, o colágeno começa a despencar, a regeneração da pele fica mais lenta e, vamos falar a verdade, tudo cai, amigas.

Como tenho essa curiosidade latente em relação a todos os lançamentos que se propõem a aumentar a saúde da pele à partir desse momento de declínio, resolvi que eu precisava traçar uma linha divisória bem clara, física mesmo. Como se essa fosse a primeira semana do resto da vida da minha pele (rs, desculpem, filmes demais).

Passando efetivamente uma borracha em todas as agressões do passado, virei a página pra vivenciar esse período sem carga extra. Agora não posso mais culpar papai e mamãe por me deixarem no sol. Não posso culpar ninguém, além de mim, pela saúde da pele com a qual vou envelhecer de verdade.

Envelhecer é natural. Bons profissionais podem confirmar pra vocês, o envelhecimento natural é lento; não é agressivo e também não é sinônimo de doença.

Bora pras fotos?

dia 3

dia 4

O inchaço continua lá, bem forte, mas a pele antiga já dá seus últimos suspiros. Adorooooo!

Post publicado em 03 de setembro de 2010, no Trendy Twins.

1 comentário

  1. Vivi e seu medico permitiu voce fazer mesmo no verão….

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